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Foto do escritorDaniel de Freitas Rodrigues

Leveduras silvestres: aplicação biotecnológica que pode inovar o mercado.

Os fungos apresentam grande potencial biotecnológico devido a sua complexa capacidade metabólica relacionada à produção de enzimas, antibióticos, metabólitos e diversos outros.

As milhares de espécies existentes no reino Fungi podem ser classificadas morfologicamente em leveduriformes (unicelulares), filamentosas (multicelulares, formando hifas) ou dimórficas (podem viver de ambas as formas, dependendo da condição em que se encontram). Esses organismos podem agir de forma benéfica ou patogênica, tanto para a saúde animal quanto vegetal.


Independentemente do modo de vida, os fungos apresentam excelente potencial para o uso na indústria. Na indústria de alimentos, cosméticos, biocombustíveis e farmacêuticas, já são utilizados diversos compostos produzidos por fungos. Por outro lado, devido à sua ampla variedade, certamente muitos ainda não foram estudados ou sequer descobertos!


Na indústria alimentícia, as leveduras possuem papel fundamental na fermentação de alimentos e bebidas. Em vinícolas e cervejarias, por exemplo, além de serem responsáveis pela fermentação alcoólica (quebrando a glicose do mosto em etanol), produzem biomoléculas essenciais para as características organolépticas como o sabor, aroma e textura do produto.

Outro mecanismo importante para conferir aroma e sabor à bebida, é a produção de enzimas como glicosidases e carbono-enxofre-liases. Essas são capazes de liberar compostos aromáticos presentes no mosto da uva, chamado aroma varietal.


Constantemente cepas padronizadas de leveduras, como a S. cerevisiae são utilizadas na indústria de bebidas para a realização dos bioprocessos. Tais leveduras possuem alta capacidade fermentativa e podem suportar diferentes estresses, como variação de pH, concentração de etanol, anaerobiose, etc. No entanto, a padronização pode impedir que o mercado confira novas características às bebidas, provenientes de vias metabólicas ainda desconhecidas.


Portanto, a caracterização e análise da biblioteca genômica desses microrganismos podem evidenciar o potencial para produção de biomoléculas com aplicação na fabricação de bebidas. Além disso, a caracterização de cepas não padronizadas pode revelar características únicas e interessantes para a produção de vinhos e cervejas.


Dessa maneira, estudar as leveduras silvestres que compõem o filoplano das videiras ou dos frutos e grãos, e sua possível aplicação na indústria, pode trazer inovações no mercado!!!


Nesse sentido, a análise metagenômica ou taxonômica são ferramentas importantes. Enquanto a metataxonômica identifica espécies de fungos, utilizando a região ITS, a metagenômica provê informações sobre vias metabólicas.


A Agrega realiza o sequenciamento metagenômico e metataxonômico utilizando a tecnologia de Sequenciamento de Nova Geração NovaSeq 6000 (Illumina). Desenvolva produtos inovadores para sua vinícola ou cervejaria com nossos serviços. Entre em contato conosco e descubra o potencial biotecnológico das leveduras silvestres.



Referências


Filho et al. (2017).Genetic diversity and pectinolytic activity of epiphytic yeasts from grape carposphere. Genetics and Molecular Research, vol. 16, n.2. http://dx.doi.org/10.4238/gmr16029698


Molinet & Cubillos (2020). Wild Yeast for the Future: Exploring the Use of Wild Strains for Wine and Beer Fermentation. Front. Genet., vol. 02. https://doi.org/10.3389/fgene.2020.589350


Sipiczki (2016). Overwintering of Vineyard Yeasts: Survival of Interacting Yeast Communities in Grapes Mummified on Vines. Front. Microbiol., vol. 29. https://doi.org/10.3389/fmicb.2016.00212

Styger et al. (2011). Wine flavor and aroma. Journal of Industrial Microbiology and Biotechnology, Vol. 38, n. 9. https://doi.org/10.1007/s10295-011-1018-4


Wyk et al. (2020). Assessing the Oenological Potential of Nakazawaea ishiwadae, Candida railenensis and Debaryomyces hansenii Strains in Mixed-Culture Grape Must Fermentation with Saccharomyces cerevisiae. Fermentation, vol. 6, n. 2. https://doi.org/10.3390/fermentation6020049









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